8 de dezembro de 2014

A justiça é uma das primeiras verdades que afloram ao espírito humano. Quando crianças nós começamos a perceber o que é nosso por direito, começamos a ter sentimento de posse quando nosso colega pede para brincar com seu jogo favorito. Ao longo da vida vamos aprendendo a dividir esses direitos, aprendendo a reconhecê-los de forma justa. Aprender que devemos tentar sermos educados em todos os sentidos. Bater a porta do quarto ou o pé no chão não muda nada, só estressa a todos. Fazemos isso porque gostamos de chamar atenção, quando a gente sente raiva e levanta rápido querendo ir embora fazendo escândalo, queremos que a outra perceba que está furioso. A gente reza para que o outro não só tome um susto, como também faça alguma coisa, é uma forma violenta de pedir socorro, de implorar uma solução. Caso contrário, sairíamos da forma mais discreta possível.
Se trocarmos o termo brinquedo por pessoa, a lógica não é muito diferente. Quase sempre estamos metidos em um conflito, a todo tempo temos que retomar a semente do justo presente na nossa consciência. É muito decepcionante quando algum amigo que eu espero tanto que me compreenda que pegue na minha mão e compre minhas brigas junto a mim pegue o beco. Eu sei que quando sentimos raiva tudo isso fica mais difícil, mas, eu também sei que é muito fácil amar as qualidades dos outros, o verdadeiro amor está em ter que suportar as chatices, a ligação do outro dia que você esqueceu ou a culpa que você me deu sem eu ter. Eu fico aqui esperando o dia em que vocês desçam desse trono e percebam que a fase do ‘’não fale mais comigo’’ já passou. Que eu já devolvi o seu brinquedo e pedi desculpas pelo arranhão que desbotou um pouco a pintura, que você já pode me desculpar. Existe coisa mais bonita do que alguém pedindo perdão? Alguém dispondo do seu orgulho/ego para ter você de volta?
Dependemos fielmente do resto do mundo, a maioria de nós passa um bom tempo debaixo das asas dos nossos pais, e isso não é suficiente para esclarecer isso? Se sua mãe diz para não correr porque se não você vai cair, e mesmo assim a gente pega logo uma carreira, que é mermo que pedir ‘’Corra, por favor’’, ela vai está lá para fazer um curativo. E é por isso que família seja como for é o maior sinônimo de amor verdadeiro. Minha mãe nesse caso jogaria na minha cara que eu errei que dá próxima vez devo obedece-la, mas, mesmo se eu fizer de novo, do mesmo jeito, ela vai fazer outro curativo. Errando que se aprende. Essa frase é tão antiga, será possível que eu vou ter que desenhar pra esse povo? Se as pessoas a sua volta mesmo errando pedem desculpas, e demonstram que alguma coisa aprendeu com esse passo falso, é sinal que existe amor. Mesmo que passem anos, eu aposto que se esse alguém gostar de você, um dia irá atrás. É muito difícil confiar nos outros, mas ou corremos este risco ou nos tranquemos num quarto de vidro. É bom consertar os erros antes que seja tarde demais.

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Clara.Idade: 19.Falar a verdade não careço de muita lógica. Ou de mim se gosta ou esquece. Por gosto mesmo ficava de papo pro ar. Mas o que me faz feliz e apetece é cheiro de vinho, cabelo lavado, de escrever poesia pulando os dias, de frapê e filme iugoslavo. Qualquer dia desses faço feito Santos Dumont e construo minha casa na árvore.
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O que é pior: chegar ao fundo do poço ou continuar caindo?'' -Prá virar cinza minha brasa demora!
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