9 de março de 2014

É costume, por exemplo, atribuir ao egoísmo algum sentido figurado, de justificativa nem sempre prontamente dedutível. É incompreensível aceitar domínio de outra pessoa sobre você, é lindo dizer isso quando todos têm sentimento, ação ou consequência de possuir. É algo natural, é à base de todo nosso sistema, a educação é proveniente de se querer mais e mais, em desejar coisas tipicamente ‘’inúteis’’. Eu preciso passar por cima de tudo e todos para chegar ao meu objetivo e isso é angustiante. É minha obrigação anular meus prazeres em prol desse alcance singular. Seja ele no âmbito do amor ou dos negócios. Porque amigos sim, negócios a parte. Esse tipo de discurso devia acabar perante a construção do nosso caráter. Mesmo nós que justificamos nossos ciúmes, deveríamos pensar sobre o quanto essa ideologia de competição vai longe e muitas vezes faz mal. E quanto lucro é gerado a partir dos nossos medos de não conseguimos sermos aprovados nesse dever de acessão cultural, política e econômica. É diante desse contexto que tento entender o receio de que a pessoa amada se apegue a outrem. Se existe alguma explicação mais coerente do que essa sensação fútil. 
Usualmente, a palavra ‘’cruz’’ designa um antigo instrumento de tortura, formado por duas peças de madeira, uma atravessada na outra, no qual se amarravam os condenados à morte. Penso se essa cruz não seria a minha não aprovação em algo que venho tentando conseguir a um tempo, ou perder alguém que amo, ou se perder dentro de si. Sei que é muito pessoal designar as propriedades de cada um, e que é o conjunto de coisas ruins que arruínam alguém. É o desejo que pelo menos parte de mim se livre um pouco do pensamento egocêntrico desse mundo. Não que eu consiga, mas que tente. Esse é meu jeito, e jeito é tudo aquilo que caracteriza o comportamento do homem, como resultado de um esforço mental, de uma elaboração de espírito, traduzido em concepções, imagens ou formas concretas. Isso é, assim, a forma particular de manifesto em que os elementos afetivos conduzam e catalisam os elementos lógicos presentes em toda atividade do espírito. Todavia, isso ocasiona problemas de vez em quando, porque ser impulsivo em torno dos sonhos ou amores impossíveis, ou um grito que não deveria ter saído, um adjetivo, seja lá o que for não é bem aceito por todos, justo que somos pessoas diferentes. Por enquanto estou nessa luta intelectual de vomitar conhecimento sobre uma prova de resistência física e mental, que vai me fazer mais feliz ou não. Acreditando que mesmo com todas as contradições cotidianas da vida, com esforço e dedicação chegaremos a uma concessão saudável. Até mesmo no eu-apaixonado, nesse romance sem limites, quem sabe não se chegue a um estado mais evoluído da matéria. O importante, é aproveitar de forma benéfica essa nossa estadia nesse mundo que conhecemos, porque por mais que esse carrossel gire, nós vamos cansar e descer ou cair do cavalo.

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Clara.Idade: 19.Falar a verdade não careço de muita lógica. Ou de mim se gosta ou esquece. Por gosto mesmo ficava de papo pro ar. Mas o que me faz feliz e apetece é cheiro de vinho, cabelo lavado, de escrever poesia pulando os dias, de frapê e filme iugoslavo. Qualquer dia desses faço feito Santos Dumont e construo minha casa na árvore.
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O que é pior: chegar ao fundo do poço ou continuar caindo?'' -Prá virar cinza minha brasa demora!
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