6 de dezembro de 2011
O Brasil surpreendentemente é considerado pelos seus ilustríssimos governantes um país laico. Acredito que a “laicidade” de um estado maior é determinada pelo não favorecimento de uma religião, doutrina ou ideologia em detrimento de outra. Haja vista que religiões deveriam ser apartidárias. Estranhamente, no Cariri (Crato-ce) não funciona assim.
A escola é o centro de muitas polêmicas e nela são problematizados e solucionados muitos comportamentos humanos. Com isso quero um certo grau de refleção dos leitores neste post, que trata sobre um dos assuntos mais constragedores e absurdos da minha realidade. Contudo, "As escolas particulares tem o direito de não aceitar alunos de outras religiões?", quero promover um pouco sobre a necessidade da conscientização, que possa estar desempenhando suas funções junto a quem muito necessita em seu processo de formação, o jovem.
Assuntos que envolvem religião, são sempre polêmicos e revoltantes para inumera parte da população. Então esta postagem aborda centralmente a questão de um jovem poder realmente crescer em uma escola que mesmo que indiretamente, estimula o preconceito? Além de forçar o aluno a conviver diariamente com imagens, hábitos, e outros diversos tipos de divulgações religiosas dentro do ambiente educacional. O que seriamente possa ser constrangedor para certa parte do alunato ateu, ou de outras religiões. Algumas das instituições ainda preservam o mínimo de visão "ética", dando a opção do aluno não ter que participar de tais rituais. Mas a verdade real, vivida e relatada gira em torno da pressão psicológica da coordenação e outros funcionários, assim como de alguns alunos de total senso comum e falta de educação.
A escola tem o direito da tal liberdade de expressão, assim, como qualquer outra pessoa do nosso cotidiano. Mas essa lei realmente pode-se aplicar e ser aceita em tais ocasiões? Claro que nos jovens podemos optar também por uma escola pública, haja visto a enorme quantidade de má qualidade de ensino básico público, para ser mais especifica aqui no Cariri (Crato-ce) é um grande exemplo revoltante. Pode-se entender facilmente questões históricas e culturais da cidade, com vasta apresentações artísticas, políticas e publicitarias em torno de ocasiões religiosas, mas isso deve mesmo ser usado como justificativa para alguém não ser aceito em um local "educacional" ?
Uma pequena pesquisa sobre a opinião de alguns jovens estudantes, baseado na seguinte pergunta "As escolas particulares tem o direito de não aceitar alunos de outras religiões?".
CONTRA:
"De forma alguma, pois o que entendemos por "escola", é que é uma instituição que prioriza a EDUCAÇÃO. E quando falo em educação, não me limito ao ensino, mas também à formação de crianças e jovens como pessoas. Dessa forma, a instituição tem o dever de ensinar os valores necessários para se viver em uma sociedade, como por exemplo a igualdade social. Caso contrário, se um jovem crescer em um ambiente que pratica o preconceito, certamente vai refletir na sua personalidade como adulto.
As pessoas são diferentes, seja pela cor da pele, seja por opiniões contrárias, seja pela religião. Mas são todos seres humanos, com os mesmos direitos e deveres em uma comunidade." -Marina Pierre, de 15 anos.
A FAVOR:
"A escola não é particular? Quem manda lá é a direção, são eles que ditam os padrões que a escola vai seguir. Padrões esse que devem se adequar apenas aos do MEC e nada mais. Se o colégio só quiser meninas lá, só tera meninas lá. Se quiser apenas com drogados, que tenha apenas drogados. O QUE É PRIVADO É PRIVADO." Diogenes Melo, de 17 anos.
Então foi isso meus caros leitores, só para esclarecer, o objetivo desta postagem não é ofender nenhuma religião, nem instituição de ensino. Digo e repito, reflexão de cada qual.
Maria Clara Rocha.
A escola é o centro de muitas polêmicas e nela são problematizados e solucionados muitos comportamentos humanos. Com isso quero um certo grau de refleção dos leitores neste post, que trata sobre um dos assuntos mais constragedores e absurdos da minha realidade. Contudo, "As escolas particulares tem o direito de não aceitar alunos de outras religiões?", quero promover um pouco sobre a necessidade da conscientização, que possa estar desempenhando suas funções junto a quem muito necessita em seu processo de formação, o jovem.
Assuntos que envolvem religião, são sempre polêmicos e revoltantes para inumera parte da população. Então esta postagem aborda centralmente a questão de um jovem poder realmente crescer em uma escola que mesmo que indiretamente, estimula o preconceito? Além de forçar o aluno a conviver diariamente com imagens, hábitos, e outros diversos tipos de divulgações religiosas dentro do ambiente educacional. O que seriamente possa ser constrangedor para certa parte do alunato ateu, ou de outras religiões. Algumas das instituições ainda preservam o mínimo de visão "ética", dando a opção do aluno não ter que participar de tais rituais. Mas a verdade real, vivida e relatada gira em torno da pressão psicológica da coordenação e outros funcionários, assim como de alguns alunos de total senso comum e falta de educação.
A escola tem o direito da tal liberdade de expressão, assim, como qualquer outra pessoa do nosso cotidiano. Mas essa lei realmente pode-se aplicar e ser aceita em tais ocasiões? Claro que nos jovens podemos optar também por uma escola pública, haja visto a enorme quantidade de má qualidade de ensino básico público, para ser mais especifica aqui no Cariri (Crato-ce) é um grande exemplo revoltante. Pode-se entender facilmente questões históricas e culturais da cidade, com vasta apresentações artísticas, políticas e publicitarias em torno de ocasiões religiosas, mas isso deve mesmo ser usado como justificativa para alguém não ser aceito em um local "educacional" ?
Uma pequena pesquisa sobre a opinião de alguns jovens estudantes, baseado na seguinte pergunta "As escolas particulares tem o direito de não aceitar alunos de outras religiões?".
CONTRA:
"De forma alguma, pois o que entendemos por "escola", é que é uma instituição que prioriza a EDUCAÇÃO. E quando falo em educação, não me limito ao ensino, mas também à formação de crianças e jovens como pessoas. Dessa forma, a instituição tem o dever de ensinar os valores necessários para se viver em uma sociedade, como por exemplo a igualdade social. Caso contrário, se um jovem crescer em um ambiente que pratica o preconceito, certamente vai refletir na sua personalidade como adulto.
As pessoas são diferentes, seja pela cor da pele, seja por opiniões contrárias, seja pela religião. Mas são todos seres humanos, com os mesmos direitos e deveres em uma comunidade." -Marina Pierre, de 15 anos.
A FAVOR:
"Não acho um absurdo eles recusarem alunos de outra religião, pois em escolas muito conservadores - como algumas católicas por exemplo - existe aula de ensino religioso, e a conduta da escola está diretamente ligada ao que os católicos consideram ético e moralmente correto. De qualquer forma, existem tantas outras escolas com a mesma qualidade e que não tem ligação nenhuma com nenhum tipo de igreja - ou que, mesmo tendo, respeitam o estilo religioso de todos." - Brenda Passos, de 17 anos.
"A escola não é particular? Quem manda lá é a direção, são eles que ditam os padrões que a escola vai seguir. Padrões esse que devem se adequar apenas aos do MEC e nada mais. Se o colégio só quiser meninas lá, só tera meninas lá. Se quiser apenas com drogados, que tenha apenas drogados. O QUE É PRIVADO É PRIVADO." Diogenes Melo, de 17 anos.
Então foi isso meus caros leitores, só para esclarecer, o objetivo desta postagem não é ofender nenhuma religião, nem instituição de ensino. Digo e repito, reflexão de cada qual.
Maria Clara Rocha.
Marcadores:Textos e Politica
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- Maria Clara Rocha
- Clara.Idade: 19.Falar a verdade não careço de muita lógica. Ou de mim se gosta ou esquece. Por gosto mesmo ficava de papo pro ar. Mas o que me faz feliz e apetece é cheiro de vinho, cabelo lavado, de escrever poesia pulando os dias, de frapê e filme iugoslavo. Qualquer dia desses faço feito Santos Dumont e construo minha casa na árvore.
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“O que é pior: chegar ao fundo do poço ou continuar caindo?'' -Prá virar cinza minha brasa demora!-
muitoooo boom linda ^^
ResponderExcluir:)
ResponderExcluirMuito bem, garota Clara, assuntos como esses devem ser debatidos assim, de forma aberta e Clara é claro.
ResponderExcluirA religião, assim como vários outros temas, é ainda um tabu para muitas pessoas e instituições, mas é justamnte para isso que serve um escritor: segurar a lanterna para que sua luz dissipe as trevas medievais da ignorância humana.
Parabens!
Adoreio o seu ensaio.
Prof. Igor Arraes
ótimo post flor como
ResponderExcluirsempre ?!?Bom eu não sou contra nem a favor
só acho que em escola isso não tem que ser problema
não deve ser discutido religião cor ou sexualidade
só temos que aceitar e saber lidar sem excluir ninguém nem jugar pq não temos esse direito
e é increvel que ainda ocorra casos assim é chato saber que as pessoas não sabe lidar com certas coisas
Visando o perfil altamente conformista de alguns apartidários, percebe-se que a sociedade prefere cheirar o fedor de um suvaco velho, a passar desorante no mesmo...
ResponderExcluirPois aceitar fatos sociais tão retrógrados é tão repugnante quanto a realizar o feito dito acima. Agora me responda: a divisão nazisticamne anti-ética de alunos adoradores de um determinado rito religoso, de jovens adeptos a uma religião "soberbamente" incapaz de aceitar pessoas que não estejam impostas nos padrões estabelecidos, pode ser comparada com o apartheid sul africano? pense a respeito. bjs e me liga.
ps: Boa pauta.
Legal, gostei muito. (:
ResponderExcluirBastante tenso o tema, mais religião é algo indiscutiveu, desprezo qualquer tipo de religião... ela deixa as pessoas mais cegas do que o habitual.... se a instituição é privada ela tem o direito de optar por estabelecer religião a qual seguir...tranquilo! naum tenho nada contra. pessoas de crenças e ideologias parecidas ficam melhores juntas.. o preconceito religioso como qualquer outra forma d preconceito jáh esta enraizado na nossa natureza... não há como mudar. só nos resta nos conformar.
ResponderExcluirEscolas que tem ligação com a igreja nem pagam impostos, e ficam com essas frescuras?
ResponderExcluir...
Revoltante mesmo ó!
Gostei do tema Maria Clara, acho que é muito contraditório a fé de alguns, ditar que se deve respeitar uns aos outros, e toda aquela baboseira, quando a galera cristã (exemplo) faz o oposto disso. Assim que a humanidade vai pra frente?
Jaja, vão querer a terra no centro do universo também...
kkkkkkkkkkkkkk, bom achar gente do Crato!!! Meninas, conhecam meu blog, vou seguir vcs me sigam tbm!!!
ResponderExcluirQuem me falou desse blog foi minha amigax Lara, da Loja Laras""
bjuxx bjuxxx
www.pinkwomanfashion.com
maria vivi essa situação aliais estou vivendo pois um colégio católico deixou beeemmmm claro que ao primeiro sinal que eu me recusar a ir para a missa seriamos eu e minha irmã expulsas. sou evangélica e não é a primeira vez que passo por isso mesmo sendo discreta com a minha religião, de coração agra desso essa matéria e pelo seu apoio bjs!
ResponderExcluirEu concordo quando dizem que na escola PRIVADA é o dono/diretor/whatever que tem o direito de criar as regras que vão conduzir o colégio. Mas há uma diferença gritante em ser um colégio religioso que respeita as diferentes crenças e ser um colégio religioso que impõe a sua crença. Eu já tive aulas de religião e quem não seguia a fé católica podia sair de sala, podia evitar a hora das orações. Porque você tem o seu direito, enquanto dono da instituição, de pregar a sua fé caso queira, mas esse mesmo direito termina quando você invade a opção do aluno de participar ou não disso. O problema não é o colégio ser religioso, mas obrigar o aluno a ser religioso. E as escolas particulares têm que aceitar os alunos de outras crenças, independentes de serem particulares. Porque ainda que possam ditar suas regras, a escola faz parte da base da sociedade, sendo ela privada ou pública. E sendo a instituição que edifica o pensamento do cidadão, não é aceitável que a intolerância comece aí. O engraçado é que quando acontecem casos de uma escola não aceitar um negro, um deficiente, logo começam aquelas revoltas de que "ah, isso é errado, é preconceito". Mas pra religião não fazem isso. É a opção ideológica da escola. Eu chamaria isso de discriminação, pura e crua.
ResponderExcluirUma pessoa não pode ser privada de edução apenas por ter ideias ou religiao diferente, isso é um absurdo,religiao tem que ser escolha pessoal, mas aqui no Brasil parece ate gange, existe guerras por causa de religiao, então quer dizer que no Brasil ateu nao pode estudar? que absurdo
ResponderExcluirClaro adoro seus textos
Beijos Bia hyde
muitoo bom esse texto (:
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